A teia

Caio na teia da malícia gerando uma realidade fictícia.
Vivo estranhos sonhos , sórdidos ,
em dias e tempos mórbidos.
A realidade é inversa e por vezes nem sempre dispersa,
mas a verdade fala dos que não
e daqueles que nem sempre estão.
É estranha esta loucura repleta de ternura,
que faz do real abstrato e do que é certo não exacto.
E se os sonhos não são matéria , a rotina é miséria.
É constante o pensamento que se troca por pouco alento,
na procura de uma boa hora que cedo e rápido vai embora.
Mas tudo é opcional e a escolha é natural.
Ter tecto e ficar na rua, à procura da loucura
que falsamente apazigua.
Vendes a tua alma ao demónio e sentes que estás no pandemónio.
Vais ao céu e vens à terra e sem perceberes começa a guerra :
 És tu . Contra milhares de tropas , marchando sobre botas.
Vão atrás de ti e não podes mais ficar aqui.
Este exército deambulante que te persegue em cada instante,
são fantasmas em prisões que te criam ilusões.
Deixam-te a pensar,
 no que decides idolatrar :
Deuses inexistentes ou destruições permanentes.
Raciocíno elaborado mas a toda a tentativa inacabado .
Pensas, pensas e voltas a pensar : é fácil, isto tem que parar.
Mas a fantasia é agonia toda a noite e todo o dia,
Iludia, esta dose em constante metamorfose,´
Tornou-se overdose.
Transformara-se, em constante dependência.
Depressa, em caso de urgência.
O inexistente é urgente e constantemente depende
de um sonho decadente mas que é levado ao expoente.
Torna-se ardente, crescente e facilmente  consequente,
de uma realidade aparente , que sente!
Mas que ao mesmo tempo mente.
É a promessa da vida de ilusão sem qualquer sensação,
notória, e puramente irrisória.
Cedo serás história, memória .
Para trás ficam os sonhos de criança,
a esperança,
de uma vida de bonança.
Mas credo ,
deitaste fora a esperança
e quem castiga é a balança.
Pende para a vida mais sombria , fria, vazia
e sem razão alguma,
 eu via:
conquistas de eresia.
Guerras acabadas, vidas devastadas.
Sentes agora , o que estou a dizer?
A vida ... foi feita para viver .

1 comentário: