É a história de um princípe encantado,
Com a sua princesa e um breve reinado.
Só para lembrar, o princípe sou eu
e estas são as palavras que a princesa nunca leu.

Eu sonhei ter um jardim, plantado no teu coração.
Seria o meu sonho descabido ou em vão?
A pressa de o construir, ansiava por uma razão
E as sementes tornaram-se pregos, que fechavam o meu caixão.

As plantas morriam, sempre que te afastavas,
Voltavam a crescer quando te aproximavas.
Embora tão perto nem conseguia tocar-te,
Tu estavas na terra e eu sentia-me em Marte.

O tempo ia passando e o meu jardim ia morrendo,
Mesmo assim ninguém tirava a tua imagem do meu pensamento.

Não me queres deixar morrer, mas não sou mais do que um sonho,
real, triste , medonho !
Mas, és tu quem me faz sorrir,
tornaste-me real , sou capaz de sentir .
Agora , não largues a minha mão ...
Não ! Não leves para longe o meu coração !
Pois , se não for capaz viver,
deixa-me morrer ...

A distância é tanta e os olhares tão vazios,
Os momentos mais quentes agora são frios.
A dor agoniza e com o tempo transforma,
a visão de quem foi  na certeza de quem não retorna.
Um passado a dois é um presente solitário,
Um futuro sombrio e um final ordinário.
A solidão de alguém, que outrora plantou,
flores no jardim que outro alguém destronou.
Mas o meu coração não deixou de bater,
Mais cedo ou mais tarde há de acontecer.
E se não voltares é porque assim estás feliz,
e afinal de contas, foi isso que sempre quis ...

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